No Caminho

Dia 4 - Portela-Ponte de Lima. Diazinho difícil, com um calor de matar e algumas subidas no asfalto e no sol inclemente. Quando entrava nos bosques era tudo de bom. Foram em torno de 24 Km. As paisagens são dominadas por vinhedos e plantações de milho. Em um determinado trecho havia um casal de idosos sentados, ou esperando os peregrinos passarem para darem um bom dia ou tomando conta para esses mesmos peregrinos não comerem as deliciosas uvas. Eu estou acreditando mais na segunda hipótese, ainda mais que eu mesma peguei algumas uvinhas bem doces. Além das uvas, as maravilhosas amoras que descobri no Caminho Francês ano passado. As frutas tornam a caminhada um pouco mais amena, com certeza. Chegando em Ponte de Lima com os pés e pernas detonados e não aguentando mais andar, a solução foi buscar um hotel, já que chegar até o albergue seria duro. Além disso, o albergue de Ponte de Lima, por razões que ninguém explica (nem os hospitaleirods de outros albergues), só abre às 17:00. Por tudo isso, ficamos no Hotel Império do Minho, em um quarto com uma banheira deliciosa, por 44 Euros e pequeno almoço. Dia 5 - Ponte de Lima. Descanso e recuperação dos pés. Passadinha básica na farmácia para repor esparadrapo, gase e micropre (caaaaaaaaaaaaaaro) e depois supermercado para abastecer de água para amanhã. Antonio resolveu repetir a experëncia do Porto até Vila do Conde, onde levou uma lata de pêssego, e levará para a subida da Labruja uma lata de salada de frutas. Na verdade a lata servirá de estímulo para a subida, pois só será aberta no topo. No almoço de hoje comi um peixe que lembra uma sardinha portuguesa mais gordinha, chamado cara-pau. Foi difíil entender o nome do peixinho, assim como tudo o que o dono do restaurante falava. Quem disse que português do Brasil e de Portugal é a mesma língua? No final deu tudo certo, comemos e bebemos, ficamos satisfeitos (vinho verde de POnte de Lima, chamado Barca do Lima e voltamos para dar mais uma descansadinha. Afinal, amanhã será uma verdadeira pedrada.