Enfim Santiago!!!

Dia 13 - 23/09 - Padrón-Santiago. Nossa, esta etapa foi pedrada. Dizem que são 25-26 km, mas acho que fizemos bem mais. Na última etapa, quando avistávamos Santiago lá no alto de uma ponte, os marcos mostravam em torno de 4 km. Quando chegou em uma determinado lugar haviam 2 marcações e escolhemos a da direita e com isso, pelos nossos cálculos, os 4 km se transformaram em 10!!!! Não chegava nunca e quando finalmente entramos em Santiago, as setas sumiram... Tive que perguntar como se chegava até a Catedral. O legal é que muitas senhoras nos paravam dizendo que faltava pouco e logo estaríamos lá. Quando eu vi a praça Alameda, me lembrei de onde estava e toca a quase correr para chegar. Não preciso dizer que chorei muito. Abracei o Antonio e disse: CONSEGUIMOS!!!! Depois enquanto nos recuperávamos sentados em plena Praça do Obradoiro, encontramos o casal de franceses que nos acompanhou o tempo todo. Foi muito abraço, choro, fotos, energias boas. Depois chegaram as 4 alemães e mais abraços e fotos. Passamos um bom tempo até levantarmos para procurar o hostal, que depois descobrimos estar fechado e na chuva tivemos que sair para achar outro. Mas Santiago ajuda e no final tudo deu certo. Agora é aproveitar a cidade, descansar e meditar sobre tudo por que passamos. Ah, não posso deixar de mencionar que durante o trecho, na cidadezinha de Farmellos comi os figos mais doces da minha vida, tirados do pé e com direito até o Antonio pisar em urtigas e nem se importar. Coisas do Caminho...

Cada vez mais perto

Dia 12 - 22/09 - Caldas de Reis - Padrón. Caminho por meio de plantações ou no meio de pequenas vilas. Em uma dessas vimos 2 senhoras carregando uma vaca muito linda. O bicho era enorme e bem manso. Uma das senhoras disse que poderiamos tocá-la. Nossa, que coisa boa tocar um animal tão belo e tão sereno. Fez um bem!!!! Após mais alguns kms, pensamos em passar de Padrón e ficarmos em Areal, mas os pés não deixaram. Como todos dizem: o peregrino anda o que pode e não o que quer. Desse jeito ficamos em Padrón mesmo, mas de novo em um hotel, já que o albergue estava completo (informação fornecida pelo bando de espanhois com carro de apoio, pivôs da confusão lá em Valença). Nós e muitos outros peregrinos exaustos, porque não têm carro de apoio, ficamos no Hotel Cuco (33 Euros para o casal). Amanhã, rumo a Santiago.

Para combater Peregrinos

Dia 11 - 21/09 - Barros-Caldas de Reis. Depois do sofrimento da véspera, melhor uma folga, andando-se menos e ficando em uma cidadezinha muito fofa. Durante o caminho, passamos por várias plantações de uva. A maioria estava com um pó verde ou azul, que parecia algum tipo de agrotóxico. Deve ser para acabar com as pragas, incluindo os peregrinos. Já que não se podia comer, a solução foi passar batido. Em Caldas de Reis outro presente. Após penarmos para arrumar um lugar para comer (era hora da siesta e casi nada funciona, principalmente restaurantes), o jeito foi entrar em uma pastelaria e comer uma empanada com coca cola. A atendente deve ter ficado com pena dos peregrinos e nos presenteou com 2 doces, que por sinal estavam muuuuuuuuuuuito bons. Se por um lado alguns querem combater os peregrinos, por outro, existem os que nos ajudam. Na cidade fcamos no Hotel Lotus, simples, mas aconchegante, por 35 Euros. Depois passeamos pela cidade e encontramos os amigos que fizemos no Caminho: Marie-Reine e Daniel (casal de franceses), Glaucia (gaucha)e mais 2 casais de gauchos.

Surpresas do Caminho

Dia 10 - 20/09 - Arcade-Barros. Após as maravilhosas tarde e noite em Arcade, com direito a passeio na praia vendo as famílias se divertirem em um bom Domingão, o dia seguinte foi de dureza. Sol muito forte, muito trecho no asfalto e as malditas subidas. Nossa, como eu sofro ao ter de subir alguma coisa, ainda mais com mochila. O bom é que após um desses trechos de sofrimento, ganhei de presente um cacho de uvas deliciosas de 3 idosos que faziam a colheita. Ao ver o Antonio lá na frente e eu esbaforida lá atrás, eles deram uma bronca nele por me deixar sozinha e perguntaram se eu queria uvas. Macaco quer banana? Bom, o macaco eu não sei, mas a Ilma aqui topou um cacho de uvas rapidinho. Era tudo de bom!!!Mas a melhor parte foi quando finalmente chegamos no albergue (!) de Barros. Bom, era uma casa com 2 quartos enormes, separados por banheiros. Entramos em um dos quartos e vimos que já haviam 3 pessoas com os sacos de dormir colocados nos colchonetes. Restou então o outro quarto onde então nos arrumamos. Após um banho quente com muuuuuuuuuuuita água (e não aqueles malditos chuveiros com timer), deitei um pouco para me recuperar enquanto o Antonio lavava a roupa dele. Nesse momento chegaram 2 rapazes que ao me verem devem ter ficado sem graça de ficarem no quarto e acabaram se juntando aos outros 3 (depois o Antonio soube que eram 2 italianos e 1 francês). Assim, eu e Antonio ficamos soznhos naquele quarto imenso, podendo dormir tranquilos sem ouvir roncos e sem cheiros e sons estranhos. Foi uma das noites em que dormi melhor!!! Sem contar que o jantar foi totalmente improvisado, com algumas sardinhas em lata, azeitonas e uma salada de atum que havíamos comprado em Pontevedra para fazermos com arroz e feijão. Como não havia a cozinha descrita no guia, a solução foi comer o que não precisva cozinhar. Nem na época de faculdade eu passei por uma dessa. Detalhe interessante: o tal do albergue era vizinho do cemitério e da igreja... Posso dizer que esta foi mais uma das inúmeras surpresas do Caminho.

Chegaram os gauleses!!!

Dia 8 - 18/09 Valença a Mos - 23,1 Km. Após a saída do horrível albergue de Valença, acabamos passando em Tui e conhecendo a bela Catedral. Pena não ter muito tempo para visitar a cidade (antes tivesse ficado aqui e não em Valença). Aliás, merece um parênteses o albergue de Valença. Essa coisa do horário nos fez pensar se não foi proposital, já que na mesma rua há 4 hoteis, para os quais foram muitos peregrinos que não aguentaram esperar. Nesse mundo capitalista, faz-se pensar...Bom, voltando ao Caminho, demos uma paradinha para recuperar as energias em Orbenlle e depois a aporrinhação de atravessar o polígono industrial de Porriño. Caray!! O que é aquilo? Um retão de quase 4 km, sem uma sombra e num sol de matar. Mas sobrevivemos e paramos no centro para um sorvete. Como a cidade estava lotada e pelo jeito o albergue também, resolvemos tocar para Mos. Albergue pequeno (16 camas) e ruinzinho, custando 5 euros. Mas valeu o jantar em um café quase 2 km depois, onde havia uma madrezita que deve ter percebido a cara de fome dos dois e caprichou na comida BBB (boa, barata e bastante). Ah, não posso esquecer de mencionar a emoção que senti ao encontrar um senhor a quem perguntamos onde era o ponto de descanso de Orbenlle e ele, também emocionado, apertou as mãos do Antonio, me deu 2 beijos no rosto e disse que estava orgulhoso por nós fazermos o Caminho. No final ainda desejou que Santiago nos acompanhasse. Agradecemos, mas confesso que me arrependi de não ter dito para ele que iria mencioná-lo nas preces quando chegasse em Santiago. Bom, não disse para ele, mas com certeza o farei. Dia 9, 19/09 - Mos - Arcade. Esse foi o dia em que chegaram os gauleses Antoniolix, Ilmarix e Glaucialix e detonaram, no bom sentido, o café da madrezita (o mesmo do jantar do dia anterior). Estávamos saindo do albergue e pensamos em parar no café quando então encontramos a Glaucia (uma gaucha que mora na Austria) que encontramos várias vezes e que tinha ficado em Porriño. Ela falou que estava morrendo de fome e queria tomar café e topou ir conosco. Chegando lá, madrezita colocou o básico que todos tomam: café com madalena. Nós então perguntamos se não havia pan con mantequilla. Madrezita colocou uma travessa com algumas fatias de pão que foram devoradas em segundos. Entonces, Antoniolix pediu mais pão, que veio em uma travessa com mais fatias do que anterior e que também foram devoradas rapidamente. Antoniolix e Glaucialix não satisfeitos, pediram mais café e mais pão. Madrezita colocou outra travessa recheada e nesta hora até eu pedi mais um café. Depois chegaram 2 canadenses e 1 chica de Barcelona, que estavam caminhando com Glaucialix, mas só a barceloneta resolveu ficar e acabou se unindo ao bando de gauleses esfomeados. Nunca um café da manhã foi tão divertido!!!! Após algumas subidas chatinhas, em um sol escaldante,passamos por Redondela, mas resolvemos seguir até Arcade. As chicas ficaram em Redondela. No caminho para Arcade, ao chegar no alto do Morro da Lomba, que visual maravilhoso da Ría de Vigo. Compensou o calor terrível, assim como a cidadezinha de Arcade. Hotel com banheira, lençol limpinho e toalhas por 40 Euros.

Esses peregrinos são uns loucos

Dia 6 -16/09 - Ponte de Lima- Rubiães. Esse dia foi barra pesada.Labruja é feia mesmo como pintam. Para quem conhece o Caminho Francês, o tão temível Cebreiro é brincadeirinha comparado à Labruja. Ainda bem que não estava muito quente, pois então seria muito pior. Mas conseguimos!!!! E comemoramos a chegada ao topo comendo uma deliciosa salada de frutas em lata, que o Toninho resolveu levar. Foi um peso muito bem carregado. Rubiães é um povoado de 1 rua, onde tem o albergue,algumas poucas casas e um café-bar-restaurante onde todos vão comer alguma coisa. No albergue nâo tinha nenhum hospitaleiro e cada um teve de se virar como pode. Ficamos em um quarto com 6 italianos, que parlavan o tempo todo. Depois despertaram ás 5:30 e sairam no escuro, mas antes acordando eu e o Toninho também. O Toninho definiu bem os ragazzos e ragazzas usando a máxima do Asterix: ESSES ROMANOS SÃO UNS LOUCOS!!!! Dia 7 - 17/09 - Rubiães - Valença. O dia estava muito bom, com trilhas belíssimas dentro de bosques.O que ficou difícil foi a maldita via romana, com todas aquelas pedras que machucam os nossos pobres pés. Mais uma vez eu uso a máxima do Asterix dizendo que os Romanos são uns loucos!!! Depois ao chegar em Valença, uma tremenda decepção: albergue fechado. O pior é que na relação de albergues que recebemos em Portela dizia que o dito abria ás 15:00. DEpois na porta havia um aviso que abria às 16:00. Quando perguntaram nos Bombeiros, avisaram que só abria às 18:00-18:30. Entonces,um espanhol muito do invocado ligou para um número, soltou alguns desaforos e mandaram alguém para abrir às 17:30. Aí começou novo drama: alas separadas para homens e mulheres. Perguntamos se poderíamos ficar juntos e a hospitaleira disse que se ninguém se importase,tudo bem. Perguntamos então para a mulherada do quarto (claro que optei pela ala feminina) e elas disseram que não tinha problema algum, já que emtodos os albergues todos dormem juntos. EStava tudo bem até que, enquanto eu tomava banho e o Toninho estava descansando,surgiram 2 senhoras sem nenhuma pinta de peregrinas e depois uma outro sujeito que estava com elas (todos espanhóis) e começaram a bater boca com o Toninho dizendo que ele não poderia ficar lá. Ele falou muito e quando retornei do banho, disse que ele não iria sair dali e que se eles falassem mais alguma coisa, eles veriam o que uma carioca afiada no espanhol iria fazer...

No Caminho

Dia 4 - Portela-Ponte de Lima. Diazinho difícil, com um calor de matar e algumas subidas no asfalto e no sol inclemente. Quando entrava nos bosques era tudo de bom. Foram em torno de 24 Km. As paisagens são dominadas por vinhedos e plantações de milho. Em um determinado trecho havia um casal de idosos sentados, ou esperando os peregrinos passarem para darem um bom dia ou tomando conta para esses mesmos peregrinos não comerem as deliciosas uvas. Eu estou acreditando mais na segunda hipótese, ainda mais que eu mesma peguei algumas uvinhas bem doces. Além das uvas, as maravilhosas amoras que descobri no Caminho Francês ano passado. As frutas tornam a caminhada um pouco mais amena, com certeza. Chegando em Ponte de Lima com os pés e pernas detonados e não aguentando mais andar, a solução foi buscar um hotel, já que chegar até o albergue seria duro. Além disso, o albergue de Ponte de Lima, por razões que ninguém explica (nem os hospitaleirods de outros albergues), só abre às 17:00. Por tudo isso, ficamos no Hotel Império do Minho, em um quarto com uma banheira deliciosa, por 44 Euros e pequeno almoço. Dia 5 - Ponte de Lima. Descanso e recuperação dos pés. Passadinha básica na farmácia para repor esparadrapo, gase e micropre (caaaaaaaaaaaaaaro) e depois supermercado para abastecer de água para amanhã. Antonio resolveu repetir a experëncia do Porto até Vila do Conde, onde levou uma lata de pêssego, e levará para a subida da Labruja uma lata de salada de frutas. Na verdade a lata servirá de estímulo para a subida, pois só será aberta no topo. No almoço de hoje comi um peixe que lembra uma sardinha portuguesa mais gordinha, chamado cara-pau. Foi difíil entender o nome do peixinho, assim como tudo o que o dono do restaurante falava. Quem disse que português do Brasil e de Portugal é a mesma língua? No final deu tudo certo, comemos e bebemos, ficamos satisfeitos (vinho verde de POnte de Lima, chamado Barca do Lima e voltamos para dar mais uma descansadinha. Afinal, amanhã será uma verdadeira pedrada.

Agora no Caminho afinal!

Bom, após preparativos e das caminhadas de reconhecimento, finalmente estamos no Caminho. Saimos de Matosinhos e hoje estamos em Portela. Uma breve descrição do que fizemos até agora: Dia 1 - 11/09 Matosinhos - Vila do Conde Pegamos o metrô no Porto (estação Trindade) indo até Matosinhos (estação Mercado). De lá chegamos até a Praia de Leça da Palmeira e iniciamos os 22 km pela praia. Até a localidade de Areias é bem sinalizado, mas depois, na ausência das setas, buscamos as placas indicando Vila do Conde. O visual é maravilhoso e tem alguns sítios arqueológicos bem interessantes neste trecho. Em Vila do Conde não há albergue, portanto sõ restou ficar na Hospedaria Manco d'Areia. Muito confortável e custou 35 Euros para o casal, porém sem pequeno almoço. Dia 2 - 12/09 Vila do Conde- Rates Até a bifurcação com o Caminho tradicional (fizemos o alternativo), nenhuma seta amarela. Conseguimos seguir graças a experiência e o bom senso geológico e um pequeno mapa. Depois tem seta o tempo todo. Em Rates ficamos no Albergue, que não cobra nada, deixando a cargo de donativos. Razoável, pois o banho é frrrrrio. Ainda não calculei a Km. Dia 3 13/09 Rates - Portela Esse foi punk, pois foram quase 25 km em um sol escaldante. Nossa, até parece dia de verão no Rio de Janeiro. E tome água!!!! Em Portela, ficamos no Albergue, que cobra 3 Euros. Albergue excelente, com instalações novas e muito limpas. Tem até internet grátis. Acho até que o albergue de Rates também deveria cobrar, pois enquanto fazia o meu registro vi que só eu coloquei algum dinheiro na caixinha e isso faz diferença na manutenção. Por hoje é isso. Assim que tiver acesso novamente escrevo mais. Ultreya!!!

2 em 1

Assim como existem vários trechos do Caminho de Santiago na França e Espanha, o mesmo ocorre em Portugal. Tem o Caminho Central, o da Costa, entre outros. E existe o Caminho de Fátima, que é o inverso do Caminho de Santiago. Eles são diferenciados pelas cores das setas: para Fátima, setas azuis, para Santiago, amarelas. Ontem ao fazer um trecho do Caminho saindo da Catedral da Sé e indo até a Igreja da Cedofeita, acabei fazendo um Caminho 2 em 1, ou seja, na ida fui em direção a Santiago, e na volta, em direção a Fátima. Isso é que é peregrina!!!

Pré-Caminho

Pessoal, estamos na fase Pré-Caminho de Santiago, fazendo um pequeno treinamento em Lisboa. Exceto pela falta das mochilas e dos cajados, posso dizer que estamos andando como verdadeiros peregrinos. Aliás, agora vimos três, facilmente reconhecidos pelos aparatos e pela vieira presa na mochila. Pena que estavam longe e não conseguimos falar com eles. Nesse pequeno treinamento, hoje também foi o treino das emoções ao passar pelo Padrão dos Descobrimentos e ver um filme sobre a história de Lisboa. Não sei se a genética falou mais alto ou se estou mais sensível, mas só posso dizer que chorei bastante. Era uma emoção que estava quietinha e que de repente veio com toda a força. Acho que este é o espírito do Caminho, ou no meu caso, do Pré-Caminho...

Agora é prá valer!!!

Mochilas prontas, tudo checado e agora aguardando o momento de embarque. Até lá falta controlar a ansiedade e dormir um pouco para amanhã acordar disposta para a travessia do Atlantico. Antonio mostrou-se um peregrino de primeira categoria no quesito arrumação de mochila. Arrumou tão bem a dele, que acabei pedindo para dar um jeito na minha também. Não pesamos, mas acho que as duas estão dentro dos limites adequados para fazer a caminhada. Chegando em Portugal, mais uma arrumadinha básica e lá vamos nós. Agora é prá valer!!!!

Quando Entrar Setembro

Quando entrar setembro eu estarei a caminho do Caminho de Santiago. Pois é, setembro tá aí e faltam apenas 2 dias para a viagem. Mochila quase pronta (a minha pelo menos), coisas devidamente ensacadas e verificações finais. Hoje, para não perder a tradição, foi dia de almoço com os amigos, para despedida e envio de boas vibrações. Pena que um deles, o Rafael, não compareceu. Mas eu até entendo, já que ele também fará o Caminho (a partir de Le Puy, França) e está louco com os preparativos finais. O Marcus e a Milene também farão seus respectivos caminhos, não até Santiago e muito menos andando, mas ainda na Europa. Pelo jeito setembro entrou com toda a animação viajante. Ultreya amigos!!!